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Para curtir a neve: A temporada de esqui no Chile e na Argentina é repleta de atrações

Para curtir a neve: A temporada de esqui no Chile e na Argentina é repleta de atrações

A festa da neve na América do Sul vai de junho a outubro. Mas este é o momento para começar a planejar a aventura e se imaginar descendo montanhas em esquis e snowboards.

O Valle Nevado, tradicional centro de esqui a 46 quilômetros de Santiago, a 3670 metros acima do mar, pode ser um desses lugares. No coração dos Andes, ele oferece 40 km de pistas para praticar snowboard, esqui e outros tipos de passeio, como asa-delta, cavalgadas e trekking. Com sua excelente infraestrutura hoteleira e gastronômica, o Valle Nevado acena com férias divertidas e charmosas para toda a família.
O hotel Valle Nevado, o mais conhecido de lá, conta com piscina aquecida, massagens, aulas de ioga e condicionamento físico para os hóspedes.

Também no Chile, Pucón é considerada o “paraíso do snowboard”. Localizada a 780 km ao sul de Santiago, na província de Cautín, a estação fica próxima ao vulcão Villarica, dentro do Parque Nacional. Visitas a grutas vulcânicas, excursões a piscinas de águas termais, pesca de trutas, passeios a cavalo pelas montanhas, tirolesa e rafting completam o pacote de atrações desse lugar. O Antumalal, a dois quilômetros do centro, é um recanto para se hospedar com conforto e sofisticação. O hotel, que já hospedou celebridades como a rainha Elizabeth II e o astronauta Neil Armstrong, orgulha-se de seu incrível Spa Antumaco, esculpido em pedras naturais, e do restaurante Parque Antumalal, que usa ingredientes orgânicos cultivados no próprio hotel.

Uma terceira estação muito popular no Chile é Portillo, a 160 quilômetros de Santiago. Com cerca de sete metros de neve por temporada e a 2850 metros acima do nível do mar, ela conta com 23 pistas e doze meios de elevação. Fique no Hotel Portillo, um dos melhores da estação.

E já que estamos perto da Argentina, não podemos deixar de mencionar as estações de esqui de nossos hermanos. Todo mundo conhece Bariloche, mas se quiser fugir um pouco do clichê, vá à Villa la Angostura, na Patagônia argentina. Essa simpática vila de montanha também conta com sua própria estação de esqui, o complexo Cerro Bayo.

Charmosa, com suas construções em estilo alpino, a estação Cerro Bayo se denomina um centro de esqui boutique. É ideal para quem procura férias sem grandes filas de espera e ótima infraestrutura. Entre os hotéis, destaca-se o Correntoso, resort rodeado de lagos e montanhas a apenas quatro quilômetros de La Angostura.

Já em Las Leñas, uma das estações mais famosas da Argentina pela incomparável qualidade da sua neve, as atrações também são diversificadas. Seu clima seco faz com que a superfície da estação (que supera os 200 hectares) seja integralmente esquiável. E, mesmo quando as condições climáticas não são boas, ela conta com um sistema que se encarrega de fabricar neve para que a temporada seja um sucesso.

Magnífica tanto no dia quanto à noite, com gastronomia de alto nível, baladas, bares e vida noturna animada, Las Leñas é um dos lugares preferidos de quem quer esquiar ou apenas curtir a neve em um cenário de sonho.

Todo o carisma de Giovanna Ewbank

Todo o carisma de Giovanna Ewbank

Giovanna Ewbank

Fotos: Eduardo Bravin

A entrevista aconteceu no apartamento do fotógrafo Eduardo Bravin, no bairro de Perdizes, em São Paulo. A sessão de fotos foi no estacionamento do prédio, no térreo. Giovanna Ewbank posava para as lentes do fotógrafo enquanto, vez ou outra, passavam carros de moradores. Em um dado momento, Eduardo teve uma ideia: colocar a atriz dentro do carrinho de compras do prédio. Giovanna topou na hora, sem hesitar. Simples, simpática e muito espontânea, ela está acostumada com as câmeras desde pequena.

Paulistana que irá completar 32 anos nesse mês de setembro, no dia 14, ela descende de escoceses e italianos, de quem herdou os olhos azuis e a loirice natural. Aos 12 anos, decidiu entrar no curso de teatro para driblar a timidez. Em seguida, trabalhou como modelo e fez faculdade de moda. Mas foi a partir de sua entrada na Globo que começou a fazer história. Após a estreia, aos 21 anos, em “Malhação”, e depois de uma sequência de novelas e séries, Giovanna se encontrou como apresentadora e, mais recentemente, como influenciadora digital.

Os números da Giovanna Ewbank na internet impressionam. Em sua conta no Instagram ela tem mais de 15 milhões de seguidores, mais de 2 milhões de curtidas no Facebook e mais de 2,8 milhões de inscritos em seu canal no Youtube, o Gioh, aberto em julho de 2016. O canal surgiu numa fase em que Giovanna, então repórter do programa “Vídeo Show”, precisava de tempo para cuidar do processo de adoção da sua filha Chissomo, conhecida como Titi, hoje com 5 anos. Nascida no Malawi, país da África Oriental, a menina mudou a vida de Giovanna e do ator Bruno Gagliasso, com quem a atriz é casada desde 2010. 

“A adoção de Titi foi uma experiência transformadora”, diz Giovanna, lembrando do momento mágico em que conheceu a filha. Tudo começou quando ela foi fazer uma reportagem para o programa “Domingão do Faustão” sobre uma ONG americana que trabalha com crianças do Malawi, em 2015. Durante uma visita a um abrigo de órfãos em Lilongwe, capital do Malawi, conheceu a menina, com quem teve uma conexão muito forte.

“Foi quando eu soube que seria mãe”, ela diz. “Sempre digo que eu era uma pessoa antes dessa viagem e virei outra depois. Hoje tenho outro pensamento em relação à vida. Não reclamo mais de certas coisas e dou valor à saúde, ao amor, à família, muito mais do que eu dava antes”.

Sobre a maternidade, ela reflete:  “É a melhor coisa da vida. Minha mãe dizia isso e eu não acreditava. O Bruno sempre quis ter filho e eu era meio workaholic, do tipo, ‘agora não é o momento, eu quero trabalhar’. Até que Deus colocou na minha vida a minha filha e eu joguei tudo pro alto, esqueci do trabalho. A única coisa que eu conseguia pensar era em ser mãe”.

 

Giovanna vive encantada com as descobertas de Titi. “A gente se emociona todos os dias. Ela descobre uma palavra, descobre um sabor, descobre um sentimento… Às vezes ela fala alguma coisa e eu e o Bruno nos olhamos e começamos a chorar de emoção, do lindo que é ver uma criança crescer e descobrir o mundo”, ela comenta, emocionada.

Infelizmente, Titi já foi vítima de racismo na internet. O episódio mais estarrecedor aconteceu no ano passado, quando uma socialite gravou um vídeo falando comentários racistas sobre a filha de Ewbank e Gagliasso. Desde então, essa luta é uma das bandeiras do casal.

“É a missão da nossa vida, que tentamos levar para as pessoas que não enxergam”, ela afirma. “A gente sempre soube que o racismo existia, mas não tínhamos a dimensão da crueldade que é o dia a dia do racismo. Só fomos saber quando viramos pais de uma criança negra, quando tomamos isso para nós. Quando você tem alguém próximo que sofre com esse crime, você começa a entender o quão pesado e presente é o racismo. A gente tenta mostrar como o racismo é uma questão de todos, não só dos negros, é de todo mundo”.

Giovanna Ewbank e Bruno Gagliasso são provavelmente o casal mais famoso do Brasil atualmente. Os dois sempre aparecem juntos, seja em viagens, festas, campanhas publicitárias ou nas redes sociais. “A gente é muito amigo, acima de tudo”, diz Giovanna sobre essa cumplicidade. “Nosso relacionamento nasceu de uma amizade. E o Bruno sempre foi muito parceiro, tudo a gente gosta de dividir. A gente não faz nada sem ter o aval do outro”.

Enquanto Bruno “é um cara que sonha alto”, segundo Giovanna, ela é bem pé no chão. “Ele está sempre com a expectativa lá em cima, acredita muito nas pessoas. Já eu trabalho com o que a gente tem, sem grandes expectativas, sempre com um pé atrás em relação às pessoas”, ela define. Na verdade, são as diferenças que reforçam a afinidade da dupla. “A gente se completa como casal, no trabalho, na vida, como amigos. É muito bom estar ao lado de alguém que pensa da mesma maneira que você”.

Nos negócios, os dois também seguem cúmplices. Enquanto Bruno toca os negócios voltados à gastronomia, como os restaurantes Le Manjue, Burger Joint, Bagatelle e Santo Pão, Giovanna cuida do Espaço Gioh, um salão de beleza que abriu com o cabeleireiro Anderson Couto no bairro de Itanhangá, no Rio de Janeiro. “Eu nunca gostei de ficar em salão de beleza porque a mulher, quando vai, fica horas ali. Por isso quis criar um lugar onde você encontra comida gostosa, bom atendimento, vinho, sofás confortáveis, enfim, tudo o que você precisa. Um ambiente que traga uma experiência prazerosa”.

Ambiente perfeito para Giovanna é a pousada Maria Bonita, em Fernando de Noronha, da qual os dois são sócios. O arquipélago faz parte da história do casal. O primeiro aniversário de namoro foi comemorado lá, e, com a chegada de Titi, Noronha se tornou o paraíso para a família recarregar as energias.

Em agosto Giovanna estreou no “Superbonita”, no GNT, ao lado da cantora Karol Conka – a novidade marcou o retorno da atriz à televisão depois de dois anos. Outro novo projeto é o curso de moda online (no site estiloewbank.com.br) que ela fará neste semestre com a mãe, Deborah, conhecida por ser stylist de vários famosos.

“As pessoas assistem o que eu posto nas redes sociais e dizem que gostam das coisas que eu falo. E a possibilidade de conhecer pessoas através desses canais é uma coisa que me fascina”, diz Giovanna. “O que eu sinto é que as pessoas me conhecem hoje de um jeito que não conheciam”.

29HORAS em Fernando de Noronha com Giovanna Ewbank:

Manhã

“Amo acordar e comer uma tapioca na Pousada Maria Bonita, junto com um suco verde, para começar o dia cheia de energia. Depois, seguir para uma das maravilhosas praias da ilha. A praia do Sancho é uma das mais lindas do mundo, onde você encontra golfinhos pelo caminho quando a acessa pelo mar”.

Tarde

“Gosto de ficar na praia do Bode, que tem uma piscininha natural que é deliciosa para curtir com os  amigos, além de ser ótima para ver o pôr do sol. Também tem a Baía dos Porcos, que é acessada pela praia da Cacimba em um caminho de pedras, surreal de linda”.

Noite

“A ilha é cheia de restaurantes que eu amo, como o Cacimba Bistrô, do meu amigo Auricélio, que tem um pastel de lagosta de comer ajoelhada; e a Palhoça da Colina, com comida caseira de dar água na boca. Temos também o Festival gastronômico da pousada Zé Maria. E para quem quiser esticar a noite, o Forró do Cachorro é ótima pedida. Ouvir aquela musiquinha gostosa noite adentro com os amigos não tem preço”.

Especial Imóveis: O mundo dos apartamentos de luxo

Especial Imóveis: O mundo dos apartamentos de luxo

Loft com vista para Paulista, do acervo da Bossa Nova. / Crédito: Divulgação

Casa em rua tranquila no Morumbi, quatro suítes, piscina, terreno com 2.100 m². Preço: R$ 15 milhões. Cobertura nos Jardins com vista para cidade, duas suítes, área com piscina e spa aquecidos, 363 m². Preço: R$ 20 milhões.

Esse é um pedaço do universo do mercado imobiliário de luxo de São Paulo. Por trás de valores milionários e imóveis que parecem ter saído de algum filme hollywoodiano, estão os corretores. Eles são os responsáveis por mediar as relações de compra e venda entre executivos, empresários, artistas e demais figuras que detêm o poder financeiro do país.

Marcello Romero, CEO da Bossa Nova Sotheby’s International Realty, representante da maior grife imobiliária do mundo no Brasil, comenta sobre o segmento: “A crise no alto padrão não é a mesma do mercado imobiliário. Ela acontece não porque as pessoas estão sem dinheiro, mas sim porque elas adiam a tomada de decisão. Sofremos no ano passado com isso. A nossa média de fechar um negócio é de seis meses. Em 2017, chegou a nove, doze meses”.

Marcello Romero, CEO da Bossa Nova Sotheby’s International Realty

Da mesma forma, Maria Amélia Alves de Lima, fundadora da Terra Lima Imóveis, observa alguns fatores que podem contribuir para esse adiamento de decisão, como a instabilidade na política e economia e as crises internacionais. “Na incerteza, o cliente, mesmo com dinheiro, não tem o “animus” para investir. Ele prefere esperar. Esse ano de eleições, por exemplo, gera muitas dúvidas. Não sei se a palavra certa seria ‘crise’, mas certamente há uma desaceleração”.

Ainda assim, o segmento de luxo se mantém firme. E os corretores seguem alinhados com as necessidades do público de alto padrão. Para negociar, os profissionais precisam estar em sintonia com o contexto cultural e socioeconômico de seus clientes e fazer parte do lifestyle desse universo. “São pessoas que moram em imóveis muito semelhantes a esses que estão sendo vendidos, ou conhecem os hábitos, os costumes, os códigos de quem está comprando e vendendo”, afirma Marcello Romero. “Tenho corretores aqui que têm casa em Miami, casa em Trancoso, apartamento em Courchevel…”   

Casa em Pinheiros à venda pela Terra Lima. / Crédito: Divulgação

A corretora Adriana Becker, da Bossa Nova, concorda com Romero: “Eu costumo ir aos eventos sociais que me convidam, acho que isso faz parte do meu trabalho. Também é importante frequentar exposições e festas e clubes como o Paulistano, o Harmonia, o Pinheiros e o Paineiras”.

Além da sintonia com o cotidiano e o perfil do cliente, o corretor deve ter paciência, discrição e muita empatia. Adriana relembra um de seus casos, em que o negócio foi desfeito na assinatura, na frente do escrivão, por conta de uma briga entre marido e mulher. “Isso pode acontecer. Mas o papel do corretor é se manter profissional, porque no fundo estamos lidando com o que vai ser o lar da pessoa. E isso mexe muito no lado psicológico”.

Marlene Jarussi, também corretora da Bossa Nova, ressalta que o maior desafio é lidar com a vaidade que surge entre as partes, quando nenhum lado quer ceder. Ela viveu um caso emblemático quando ajudava um famoso apresentador de televisão a vender um apartamento no Jardim Guedala. “Ele insistia em colocar o imóvel fora do preço de mercado imobiliário e não vendia”, relembra. “Apareceu um interessado que queria por um valor bem abaixo. Mas o dono não quis ceder. Até que um belo dia ele me liga perguntando se a pessoa ainda tinha interesse. Eu respondi que sim e ele me disse: ‘tudo bem, mas liga para ele e fala que só vendo por aquele preço se for agora, senão tiro de venda’. Liguei para o interessado, que me respondeu: ‘olha, só porque ele quer hoje eu não vou fazer pelo valor que ele está pedindo, vou baixar’. Retornei para o apresentador, expliquei, e ele fechou o negócio, por cerca de R$ 12 milhões. Mas ele brigou, brigou, brigou e quase perdeu o cliente para depois ligar e vender por menos do que o cliente tinha oferecido”.

Maria Amélia Alves de Lima, fundadora da Terra Lima Imóveis

À frente da Terra Lima Imóveis, Maria Amélia reflete sobre a profissão: “Tem gente que fica com vergonha de falar que é corretor. Já eu tenho muito orgulho de falar que sou corretora, porque é um trabalho muito gratificante. A gente se envolve com a compra mais importante da vida da pessoa, que é a casa dela. Com sensibilidade, você ajuda e entra nessa parte sutil das relações familiares, começa a entender por que aquele cliente está agindo de certa forma. Posso dizer que tenho grandes amigos que surgiram sendo meus clientes”.

Denis Garcia e as 5 maratonas em 5 dias

Denis Garcia e as 5 maratonas em 5 dias

Denis Garcia, 41 anos, é gerente de contas do Meio & Mensagem, mas nas horas vagas tem uma paixão: correr. Entusiasta por maratonas, há quinze anos ele corre em provas oficiais de longa distância.

Em 2016, quando participou com um amigo da prova El Cruce, entre a Argentina e o Chile, surgiu para a dupla a ideia do projeto “cinco maratonas em cinco dias”, que consistia em correr todo dia 42 km, totalizando ao final de cinco dias 210 km percorridos.

A decisão de fazer a aventura na Península Mitre (Patagônia) foi movida pelo desafio. Por quatro meses eles estudaram a região e planejaram uma rota em meio à natureza.

Confira abaixo fragmentos dessa aventura, que teve como ponto de partida para todos os percursos a cidade argentina de Ushuaia:

Dia 1: Glaciar Martial (30 km)

“Seguimos até o início do Glaciar. Fomos interrompidos por tempestades de neve e decidimos parar já em Ushuaia. Do alto vimos a cidade e o canal de Beagle, Isla Navarino (Chile). As rajadas de vento jogavam neve e doíam as pernas”.

Dia 2: Cabo Auricosta (50 km)

“Fica entre Ushuaia e Rio Grande. O vento contra na ida dificultou. Fizemos o percurso a beira mar. Durante alguns quilômetros íamos beirando o rio Fuego. Avistamos raposas, cavalos e guanacos”.

Dia 3: Parque Nacional Tierra del Fuego (50 km)

“Próximo de Ushuaia, com trilhas abertas e sinalizadas. Começamos pela linha do trem e seguimos até o Lago Roca, um cenário perfeito com rios e lagos de água transparente. Uma das trilhas leva a Pampa Alta, com vista para o Canal de Beagle”.

Dia 4: Estância Moat (42 km)

“Percurso de praias inteiras de pedras, terrenos com turfeiras e morros. Golfinhos, águias e cavalos selvagens. Terra inóspita. Cenário de bosques, montanhas e pampas”.

Dia 5: Laguna Turquesa e Laguna Esmeralda (39 km)

“A Laguna Turquesa é espetacular. Toda congelada, é cercada por montanhas cobertas de neve. De lá avistamos a laguna Esmeralda e fomos até ela. Caminho com muita lama. A noite chegou e terminamos nosso projeto com chave de ouro”.

 

>> DENIS GARCIA tem 41 anos e é maratonista por hobby: já correu 11 maratonas e 7 ultramaratonas.

O disco “Highway 61 Revisited” mudou a história de Bob Dylan

O disco “Highway 61 Revisited” mudou a história de Bob Dylan

Quando Bob Dylan pegou uma guitarra elétrica em 1965 houve revolta do seu público. O cantor e compositor era um ícone do movimento folk norte-americano, conhecido até aquele momento por canções – ou melhor, verdadeiros hinos de protesto – como “Blowin’ in the Wind” e “The Times They Are a-Changin’”.

Mas os tempos estavam mudando no mundo da música e era a vez do rock n’ roll. Em 30 de agosto de 1965 é lançado “Highway 61 Revisited” e o até então cantor de folk se torna cantor de rock.

O álbum abre com a faixa “Like a Rolling Stone”, uma canção que Bob descreveu como “um longo pedaço de vômito” (a letra ocupava algo em torno de dez ou vinte páginas). Na música Dylan está falando com alguém, provavelmente uma mulher, que perdeu tudo. Ele canta em sua reconhecível voz anasalada, mas também com sarcasmo. Esses elementos deixaram a música com um som original e posteriormente ela foi listada em primeiro lugar na lista “500 Greatest Songs of All Time” da revista Rolling Stone.

O nome do álbum vem da principal rodovia americana que liga a cidade de Duluth, Minnesota – local de nascimento de Bob Dylan – a cidades do sul famosas por sua herança musical como St. Louis, Memphis, Nova Orleans e a região conhecida como “Delta blues”, no estado do Mississippi.

Chegando agora aos seus 53 anos, “Highway 61 Revisited” é um clássico que definiu a história do rock e da música. Atemporal, ele merece ser ouvido em qualquer época, como outras obras desse autor, que, aos 77 anos e recém-laureado Prêmio Nobel de Literatura, continua em pleno auge.